3 down... 3 to go

Boas, boas e mais boas.

Bem sei que não tenho dado o exemplo em escrever neste blog e partilhar as minhas experiências de estágio. Mas isso muda agora, com esta especial participação.

Como o título indica. já passaram 3 meses de estágio aqui na SIC, mas faltam ainda 3.

Em retrospectiva o tempo passou rápido, demasiado rápido. talvez a prova de como estou a gostar ou por não ter tempo para me coçar.

Apesar de ser o único estagiário da ESECS na SIC isso não invalida que tenha de competir contra um batalhão de estágiários de outras faculdades. Somos muitos, eu diria mesmo imensos, e todos os meses entram mais para repor os que terminam a sua experiência.

Os horários são tudo menos simpáticos, desde trabalhar fins de semana, acordar às sete da manhã, ou pior...`ter que trabalhar da meia-noite às seis da manhã faz parte do trabalho.

O primeiro mês foi mais calmo, por ter colaborado na agenda ou planeamento, como lhe queiram chamar. Já o segundo foi mais hands-on enquanto estive na SIC online.

Mas agora....

Depois de ter estado uma semana a fazer madrugadas na SIC Notícias a acompanhar os pivots de serviço e a escrever e editar OFF´s.

Depois de ter acompanhado uma jornalista na edição de fim-de-semana sob a alçada da Maria João Ruela.

Estou oficialmente no campo...REPORTING TO YOU LIVE

Bem,... nem tanto.

Mas já saí em reportagem, cobri uma conferência de imprensa da Ordem dos Advogados sobre este conflito com o nobilíssimo e digníssimo bastonário Marinho Pinto que tanto tem alimentado os media deste país e enriquecido os conteúdos do YOUTUBE na sua famosa batalha frente À Manuela Moura Guedes.

Em suma... desde a saída, ao combinar estratégias com os repórteres de imagem, rever os brutos, escrever o texto, ir até à soundbooth e gravar a voz-off (not as easy as one thought) ,montar a peça e registá-la no sistema. há muito trabalho para quem pensa que trabalhar em televisão é um mar de rosas.

Mas o saldo é POSITIVO.

O da experiência é claro, porque o contabílistico é notóriamente negativo.

para quem se pergunta... mas será que ele vai ter oportunidade de ficar na SIC depois do estágio? a resposta é...

Não faço ideia, as probabilidades são mínimas, especialmente em tempo de crise e quando tenho que me distinguir de 4312 estagiários.

Ser bom não chega pra quem quer trabalhar em Televisão, tem mesmo de ser muito bom.

Resta saber se eu sou bom, muito bom ou quem sabe... incrivelmente medíocre.

Um abraço,

Branco, João

Os homens adormecem depois do sexo?

Como ninguém vai dando notícias, aqui fica uma "pérola" de uma das nossas colegas, que deixou escapar esta informação, bastante comprometedora :P Escusado será dizer de quem é. Palavras para quê :)

Só passei pra dizer...

Ora bem, neus caros amigos, eis que chega novamente a minha vez!
Pois é, já há uns tempos que nada se escreve por aqui, por isso decidi mandar uma posta.

Os meus dias tem sido algo diferentes do habitual.
Há muito que deixei o arquivo e passei a outros voos.
Agora dedico a maior arte do tempo a digitalizar cassetes da ozono para posteriormente serem editadas.
Nos tempos livres, tenho alguns projectos próprios.
Comecei este noco capítulo do meu estágio a sonorizar um video institucional em inglês.
O video já etava feito, eu apenas o sonorizei em inglês!.

Depois seguiram-se as primeiras edições. Um video sobre etares no Alentejo, que tinha por objectivo mostrar as obras que ali estavam a ser feitas. As filmagens eram de diferentes lugares, mas todas do alentejo e de obras ainda em fase de construção.

O segundo video foi um video sobre uma fazenda no Brasil. Lagoa encantada, era o nome dessa fazenda. A simplicidade das pessoas, os campos verdes e o diverso número de animais que havia por lá.... Engraçado...

Por fim, um filme sobre Salvador da Bahia, onde se juntava tambem o filme da fazenda.
Foi o meu primeiro trabalho completo.

Passou por digitalizar as cassetes, montar o video, escolhendo as melhores imagens, sonorizar com músicas adequadas, fazer menús e capítulos, gravar, produzir uma capa para a caixa do dvd e para o próprio dvd.

Foi trabalho para alguns dias... Mas já acabou.
Agora novos desafios me esperam!

Venham eles!

Primeiro Dia de Estágio, Primeiro Dia no Mundo do Trabalho

É a 120km de casa que me encontro hoje, quarta-feira, dia 25 de Fevereiro, depois de um primeiro dia de trabalho cheio de novidades. Depois de passar uma noite mal dormida no meu T2 alugado em Mem-Martins, dirigi-me à sede da Impala e cheguei às 9:10, 20 minutos antes da hora combinada. Quando entrei na redacção da Focus, onde tinha estado momentaneamente no dia da minha entrevista, indicaram-me uma mesa vazia. Tão vazia que ainda não tinha computador, e toda a manhã, tudo o que fiz foi ler o número da revista que saiu nessa quarta-feira. Não demorou muito para desanimar, afinal, não estava ali para ler uma revista.

Depois do almoço, gentilmente oferecido aos estagiários, as coisas mudaram. Tive oportunidade de os conhecer melhor os meus colegas, pois almoçámos juntos no refeitório da Impala. Como sou estagiário, em vez de me descontarem o valor da refeição do ordenado, como de graça; uma grande mais valia neste estágio que sai bem caro. Depois de ter a barriga cheia, foi-me indicado um lugar vago e tive a sorte de me pedirem para escrever 5000 caracteres sobre o filme Watchmen, sobre o qual já nutria um interesse especial. Para quem esperava começar por breves, a surpresa foi grande, tal como o contentamento. Depois de fazer algum texto e de conhecer alguns colegas, foi fácil sentir-me melhor. Até agora, os outros membros da redacção da Focus parecem ser pessoas divertidas, simpáticas e disponíveis. Agora, em casa, o texto está pronto e eu adorei a experiência do primeiro dia. Que se sigam mais dias assim!


*Este post foi escrito dia 25, infelizmente só foi publicado hoje.

Provavelmente o melhor dia de estágio... de sempre

Bem, nem sei como começar...

Estou a estagiar na Assembleia da República, mais concretamente, no CIC-RP (Centro de Informação ao Cidadão e Relações Públicas). Comecei duas semanas mais tarde que metade da turma, mas valeu a pena a espera.

Durante algum tempo da espera, ainda duvidei que aceitassem o meu estágio. Mas quando soube que tinha ficado, nem sabia como me havia de sentir: feliz por ir estagiar num lugar tão importante ou com medo de não estar à altura, que não me levassem a sério.

Logo no primeiro dia diz tirei as dúvidas. Desde o chefe do departamento, que me recebeu muito bem, a passar pelos restantes colegas do departamento, todos me pareceram muito simpáticos. Os dois primeiros dias foram para conhecer os cantos à casa, conhecer funcionarios de outros departamentos, contactar de perto com o dia-a-dia de uma casa que é de todos nós, afinal.

Entre as tarefas de um relações públicas na AR, contam-se a marcação e recepção de grupos para visitas ao palácio; preparação e divulgação dos eventos da instituição; estar presente nas reuniões plenárias (sessão em que os deputados se juntam) para dar apoio à imprensa; e tantas outras coisas que os RP de outras muitas instituições. Apercebi-me que era a área que gostava mesmo e quero aprender muito.

Quanto aos colegas, são todos muito fixes. Ao longo dos dias, a convivência foi sendo maior e todos perguntavam sempre "porquê a assembleia?" ou "então és lá dos Açores?" e eu lá explicava a minha história... Sou a pessoa mais nova que lá está, mas apenas em idade, porque mesmo as mais "velhas" da casa são muito acessiveis, brincalhonas e joviais.

O que eu mais gosto é da hora de almoço. Normalmente, todos almoçam no refeitório da AR. E são sempre alguns momentos animados. Ou porque o SCP levou 7-1, ou porque algum colega tem uma história mais caricata e é sempre uma mesa de onde saem muitas gargalhadas. E com os dias de sol, os jardins de S.Bento são um espaço muito agradável para passar alguns minutos a apanhar ar, antes de voltar para o gabinete. Arbustos verdes sempre aparados, pavões a passear livremente, obras...bem, estas pelo menos estão quase a acabar...

Mas hoje, duas semanas depois, é o dia que fica na minha história como "O" dia de estágio.

16 Março - Entrega do prémio Norte-Sul à rainha Rânia da Jordania e ao ex-presidente Jorge Sampaio.

Quando lá cheguei de manhã nem sabia bem qual era o "programa das festas". Numa reunião com o chefe de manhã, todos ficaram a saber os seus postos. O nosso trabalho era ter algum controlo sobre os jornalistas e participar no decorrer da cerimónia, de forma que tudo corresse da melhor forma.

As imagens do que foi a tarde, a televisão pode mostrar, mas ter tido a oportunidade de presenciar este dia, de uma forma activa, e de ver de perto tão ilustre convidada premiada, não me há de fugir da memória tão cedo.

Agora, neste mês de Março e no próximo, esperam-nos mais três eventos importantes, se bem que desta vez apenas a nível nacional. O primeiro, a 25 de Março, é a reinauguração da Sala das Sessões, com a abertura da Exposição do arquitecto que reconstruiu a Sala do Hemiciclo em 1903; o segundo, a 18 Abril, é o Dia do Monumento; e o terceiro, uma semana depois, a 25 Abril, dia em que a Assembleia abre as suas portas aos cidadãos. Desde já, estão todos convidados para aparecerem...

Já estou a fazer o meu trabalho, propaganda, não é? Faço-o porque me daria uma enorme alegria receber e mostrar a todos o maravilhoso que é trabalhar num espaço neutro, onde cada bocado de ar que respiro me cheira a Revolução Liberal, onde cada floreado dos tectos ou as cadeiras mais reqintadas me leva a imaginar gerações de reis e deputados convictos de que Portugal ia chegar mais longe. E não, lá dentro não penso em politiquíces, qual partido é melhor ou pior. Isso fica para os grupos parlamentares e para as sessões plenárias, algumas mais acesas que outras, e mesmo assim, quando lá vou assistir.

Boa sorte a todos***

O meu estágio

Olá colegas.

Esta é portanto a minha vez de falar sobre o estágio. Antes de mais comecemos com a localização: Avenida da Liberdade, bem no coração de Lisboa, num apartamento maneirinho do século XVIII. É aqui que eu, João Branco, Nádia Vala, e num futuro bastante próximo a Joana Correia estamos a morar. A casa é pequenina, vivemos um bocadinho atolados, mas nada que nos preocupe… O João assumiu a liderança doméstica, e cozinha (QUASE) sempre para nós com especial atenção: tem que sobrar para o dia seguinte, uma vez que todos fazemos parte do grande clã da marmita. Os transportes públicos passaram a ser os nossos melhores amigos, e todas as manhãs lá vamos nós apanhar o metro (quase à porta de casa) para nos deslocarmos aos nossos respectivos centros de estágio. A adaptação não foi dramática para nenhum de nós, o que nos aborrece por enquanto é o pouco tempo que temos para conhecermos melhor a cidade…

Já lá vai quase um mês desde que cá estou (na Visão). Até agora tem sido uma experiência bastante agradável, e ainda não tenho criticas , a não serao preço do almoço que não é lá muito acessível.

A adaptação não foi complicada. Assim que cá cheguei, fui recebida pelo nosso colega Pedro Santos, que me guiou por cá. Depois tive uma pequena reunião, onde fiquei a perceber como seria o meu estágio. Etapas, com objectivos e tudo mais. De seguida, reunião de redacção… a minha primeira. Perguntaram-me se tinha temas a sugerir, e eu afundei-me um pouco na cadeira… disse que não, e posteriormente foram-me atribuídos três temas sobre os quais tinha que escrever micros, que acabaram por ser publicadas, o que me deixou bastante contente.

A partir daí, a minha participação nas reuniões tem sido mais activa, uma vez que já começo a perceber os objectivos, o que se quer ou não… blá blá blá.

No segundo dia tive a minha primeira saída para a rua. Pediram-me para ir à Conferência de Imprensa do lançamento do canal TVI24… Sozinha. Entrei um bocado em pânico. Quando lá cheguei, todos os jornalistas se conheciam, e eu andava por lá a deambular. Depois lá falei com algumas pessoas, tirei umas notas, comi uns pastéis de bacalhau e voltei. Não foi assim tão complicado. Falei até um pouco com o José Eduardo Moniz, Alexandra Lencastre, Henrique Garcia e Marta Crawford (ao mesmo tempo que outros tantos jornalistas.)
Já fiz algumas chamadas e já sofri um bocadinho com as tentativas falhadas de conseguir falar com fontes…o tempo que nos deixam à espera, não atenderem o telefone, pessoas que estão sempre ocupadas e nunca podem falar… um sem fim de coisas, que parecem ser habituais.

Hoje publiquei o meu primeiro artigo assinado. Uma página sobre a Hora do Planeta, uma iniciativa da WWF, em que a Visão é media partner, que me deixou bastante contente. Ver o nosso nome deixa-nos sempre um bocadinho vaidosos.

E pronto. Aqui está o meu primeiro contributo, um bocadinho atafulhado. Daqui a pouco vou para a moda Lisboa, e espero vir a saber como são afinal os ‘shot’s de sopa’, que parece que é a nova moda em recepções de pé.

Um beijinho a todos *

(p.s. Descobri que por aqui é completamente banal ver pessoas a injectarem-se na rua. Quando expus o meu espanto e horror perante tal coisa, fui quase ridicularizada… Uma pessoa da província não se habitua facilmente a ver o que faz parte deste modo de vida ‘cosmopolita’…)

Casas a Metro

Encontrar casa é sempre um dos primeiros passos de quem estuda fora. Sendo eu de Aljubarrota, não houve dúvidas sobre a necessidade de um sítio para pernoitar enquanto durasse o meu Estágio na Revista Focus, em Sintra. As dúvidas surgiram pouco tempo depois.

Encontrar casa foi complicado, especialmente com tão pouco tempo… Tinha que encontrar casa e torná-la habitável em pouco mais de uma semana, e isto porque a Revista não me aceitou sem a entrega prévia do protocolo com o IPL; caso contrário, seriam apenas quatro dias até me mudar.

Dado a urgência e o pouco tempo restante, o dia em que fui à Revista para uma entrevista foi reservado para procurar casa. Sendo a Impala (empresa a que pertence a Focus) ao lado do IC19, achei por bem começar a procurar desse lado da via. O bucólico local da Abrunheira era uma terriola sem casas para arrendar e com poucas para vender, não havia hipóteses: nem bom, nem mau; nem caro, nem barato.

Depois de algum desespero, atravessei para o lado oposto do IC19, onde o cenário mudou radicalmente. Com prédios, centros comerciais e hipermercados, Mem-Martins era visualmente a evolução da Abrunheira, e tendo visto duas agências imobiliárias pelo caminho, decidi parar para perguntar por casas. A Era Imobiliária e a Veigas Imobiliária tinham ambas duas coisas em comum; ou melhor, não tinham: não tinham quartos, T0s nem T1s. De facto só havia casas para arrendar de T2 para cima e a mais de 400€ por mês.

Algo abatido, tentei contactar um conhecido de um amigo da mulher-a-dias da minha mãe que aparentemente tinha quartos para arrendar. Era engano, na verdade, ele arrendava um estranho híbrido entre capoeira e pocilga, repleto daquilo que eram provavelmente emigrantes ilegais de raça negra. O senhor, esse, era “professor” na sua própria escola, vestia fato e gravata e conduzia um BMW. Aparentemente, tudo pago com o dinheiro que ganha a explorar os que não podem pagar melhor. 150€, sem recibo, para viver numa marquise com cama, numa casa a cair, e onde tinha de passar pelo quarto de um velhote para chegar ao “meu” era a oferta do “professor”. Não preciso de referir o cheiro intenso a urina para ser óbvia a razão da minha recusa em viver em tal espelunca. “Preferia recusar o estágio”, confessei à minha mãe, já a caminho da Veigas Imobiliária, enquanto esta insultava o nosso “anfitrião”.

Dado que a Era só tinha um T2 para arrendar, e o dono não arrendava por apenas três meses, a Veigas foi a única opção. Só visitei dois T2, todos os que havia, e o primeiro também estava longe de cheirar a rosas, além de estar algo degradado e ainda ter os donos a viver lá dentro. Segundo a agente imobiliária, aquela família de um casal e dois filhos estava em dificuldades devido ao despedimento de um dos cônjuges, e procura arrendar a casa, mudando-se para casa de um familiar quando isso acontecer. Fiquei um pouco incomodado por andar a coscuvilhar a casa onde aquelas pessoas viviam, e se tivesse gostado da casa, também ficaria incomodado por quase os expulsar para eu entrar. Não era uma opção. Restava uma casa, se fosse má, não sei o que teria feito. Felizmente não era!

Aquele que é actualmente o meu T2 (em foto) é um apartamento de construção moderna no quarto andar de um modesto prédio em Mem-Martins e que me encantou desde o primeiro minuto (especialmente por os outros serem tão maus). Vivo a 10 minutos da Impala, para onde vou de carro todos os dias, com a ajuda do meu GPS indispensável para viajar naquela terra composta quase somente por vias de sentido único, e tenho fogão, cama, um sofá bestial e a companhia da minha velhinha PlayStation 2. It’s my home away from home. Mas voltar ao meu lar será sempre o meu maior prazer!



David Sineiro


*NOTA: Este post foi escrito no dia 25 de Fevereiro, dia em que comecei o Estágio, mas não pude postar antes*